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terça-feira, 27 de março de 2012


 Olá Pessoal!

 Gosto de escrever e as vezes me arrisco a fazer alguns textos, crônicas e poesias. Esta crônica postei no face, agora estou postando aqui. Espero que gostem.

Nelsinho 3D
Nelsinho nasceu de repente, como quem surge do nada, foi aparecendo de mansinho, foi saindo do meio de muitas letras, foi crescendo, pegando forma, co...rpo cheiro e alma desatinada. Ficou coitado de dar dó, se percebeu em 3D, nossa eu existo mesmo! falava ele com seus botões, olhou em tela de monitor, achou-se feio demais, barbudo, desdentado, cabelo sem corte, espavitado, arrepiado, grosso de sujeira e a camisa que usava, parecia a única em toda a sua vida, talvez tenha sido branca, mas agora só Deus sabe, cor de sujeira era pouco, seu colarinho imundo, seboso, credo que horror! Era tudo o que pensava, se olhava, parecia ter cheiro ruim, os pés deviam feder, pensou, por que sou assim? Se perguntou, quem é meu pai? quem é minha mãe? onde estavam que não lembro? o que fizeram comigo para que eu me tornasse esta figura horrenda, sem sorte, sem esperança?
Então Nelsinho, tirou os olhos do monitor, viu um teclado preto, meio empoeirado, sujo, esbanguelado, e nele dedos nervosos, teclavam e teclavam, letras iam se grupando e Nelsinho se formando.
- Oh meu Deus!! Que barbaridade, sou filho da imaginação, por isso sou escroncho, também com este teclado. limpe logo este teclado, quero sair limpo e barbeado, veja se um álcool passa nesta joça para eu sair mais perfumado.
De repente Nelsinho estava vivo, conversando com sua mãe, sua criadora e descuidada, como pode uma mãe assim tão desatenta?
Então está certo se assim que quer, pensou sua mãe, vou limpar o teclado. E assim fez, limpou tecla por tecla, passou pincel, virou o teclado deus umas palmadinhas no seu trazeiro e nossa, quanta sujeira caiu, casca de pão, poeira, pedacinho de bolo, pedacinho de unha?! Que nojo. E de repente parou.
Então Nelsinho tornou a se olhar no monitor, sim agora sim, esse era o cara que ele queria ser, limpinho, cheiroso, barbeado, penteado,sua mãe agora acertou.
- Querido, desculpe mamãe, nunca mais vou digitar com o teclado sujo.
Nelsinho continuou crescendo, arranjou uma noiva, casou-se, teve filhos e todos muitos cheirosos e limpinhos, graças ao teclado impecável de mamãe Marlene.
Marlene
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Um comentário:

  1. Oi Marlene, adorei!!!!!!
    Parabéns, que talentosa você é, super interessante, amei de verdade!!!!!!
    Parabéns!!!
    Adoro poemas, traz um pra gente na próxima vez??!!!!Bjsss

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